O documentário “A Casa de Dona Helena Greco”, dirigido pela cineasta mineira Luciene Araujo, revisita um dos espaços mais simbólicos da luta pelos Direitos Humanos em Belo Horizonte. Filmado a partir de registros guardados durante dez anos, o longa resgata a memória da ativista Helena Greco, uma das vozes mais firmes do Movimento Feminino pela Anistia, que marcou a resistência política no período da ditadura militar.
Um espaço vivo de resistência
A casa de Helena foi muito mais do que um endereço físico: tornou-se um ponto de encontro de mulheres que não aceitaram o silêncio imposto pela repressão.
“Era um corpo vivo, habitado por vozes que nunca aceitaram o silêncio. Ao retornar a esse arquivo depois de uma década, percebi que a memória pulsa e continua nos convocando para resistir”, afirma a diretora Luciene Araujo.
Vozes que ecoam no presente
O filme reúne depoimentos de companheiras de luta, como Suzana Lisboa, Amelinha Teles e Criméia de Almeida, além de relatos de familiares. Os testemunhos revelam não apenas o impacto histórico de Helena Greco, mas também a atualidade de sua trajetória.
“Não é apenas um filme sobre o passado. É um convite a olhar para o presente e pensar como ainda precisamos das vozes dessas mulheres. Helena nos lembra que a luta por liberdade nunca se encerra”, completa Luciene.
Exibição em Belo Horizonte
O documentário terá exibição especial no Teatro de Bolso da Casa da Floresta, localizado na Rua Silvia Ortiz, 78 – Floresta, em Belo Horizonte. A sessão acontece em 6 de setembro de 2025 e contará com a presença da diretora, seguida de roda de conversa com o público.
A proposta intimista do espaço favorece a troca de experiências, conectando a memória da resistência com reflexões sobre o presente. Essa sessão inaugura a circulação do longa em Belo Horizonte, que prioriza espaços alternativos relacionados ao tema do filme.