Por Mariana Reis
Um estudo divulgado no ano passado pelo SEBRAE revelou que, no Brasil, cerca de 23% das micro e pequenas empresas fecham antes de completar cinco anos de atividade. No caso dos Microempreendedores Individuais (MEIs), o índice chega a quase 30%. Com o saldo da Covid-19, também no ano passado, o Ministério da Economia revelou no mês de setembro que mais de 1 milhão de empresas tinham sido fechadas no país no ano anterior.
Falta de capital de giro, ausência de um plano de negócios, problemas de gestão. São muitos os motivos que podem levar uma empresa à falência. Alguns podem ser evitados, já outros não podem ser previstos, como a própria pandemia. “É claro que ninguém abre um negócio acreditando que vai dar errado. Mas é preciso estar preparado para seguir outros rumos caso as coisas saiam diferentes do imaginado”, comenta a consultora de carreiras Ester Pimenta.
Hora de trabalhar x tempo de quem trabalha
Quem pensa que o dono do próprio negócio tem tempo livre sobrando está enganado. De acordo com o SEBRAE, empreender consome pelo menos 9 horas por dia. Com tantas exigências, o negócio passa a ser o foco maior dos empreendedores. “Empreender exige muito! Claro, quando percebem o retorno financeiro a maioria considera recompensador. Mas o desenvolvimento profissional não pode ser deixado de lado, além de priorizar a empresa é preciso dedicar um tempo para a carreira”, alerta Ester.
A especialista ressalta que ao investir na formação, o profissional está sempre atualizado, por dentro das tendências de mercado e capacitado para uma oportunidade de emprego, caso queira ou precise. “O empreendedor pode investir em conhecimento para agregar no próprio negócio ou em outra área diferente. O importante é não ficar parado. Muitas pessoas empreendem fora da área de formação, por exemplo, mas podem continuar investindo na qualificação que já tem, como um plano B. Assim, se a empresa fecha as portas, as do mercado continuarão abertas”, pontua.
Por onde começar
Ester Pimenta, que também é mentora de conteúdo para LinkedIn, dá cinco dicas para quem pensa em explorar mais o próprio desenvolvimento profissional, mas está perdido para dar os primeiros passos.
Dicas
- Organize seu tempo e separe um espaço na rotina para se dedicar à carreira;
- Estipule um valor da renda mensal e reserve essa quantia para investir em cursos, workshops e atividades que possam elevar o seu conhecimento;
- Invista em networking, acompanhe o que seus colegas de profissão estão fazendo;
- Crie um perfil no LinkedIn e seja ativo. Compartilhe as conquistas profissionais que você alcança, os cursos que participa, tudo o que esteja relacionado ao seu desenvolvimento profissional;
- Invista em um curso de idiomas. Dominar o inglês continua expandindo suas possibilidades profissionais.